Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/35809
Tipo: Dissertação
Título: Cláusulas anticorrupção em contratos privados e administrativos
Autor(es): Renata Vaz Marques Costa Rainho
Primeiro Orientador: Marcelo Andrade Féres
Primeiro Coorientador: Cristiana Maria Fortini Pinto e Silva
Primeiro membro da banca : Fabiano Teodoro de Rezenda Lara
Segundo membro da banca: Juliana Cordeiro de Faria
Resumo: O presente trabalho estuda a cláusula contratual anticorrupção em contratos privados e contratos administrativos. Inicia-se o estudo tomando por base o contexto histórico de evolução do discurso anticorrupção e as normas estrangeiras e convenções internacionais que se entende responsáveis por seu espraiamento no mundo e internalização no Brasil. Estuda-se em sequência a Lei Anticorrupção brasileira, assim como legislações municipais e estaduais correlatas, para aprofundar no impacto que ela causou no mercado, notadamente induzindo comportamentos na iniciativa privada, que passou a adotar programas de integridade como parte de suas políticas internas, em que pese a ausência de obrigatoriedade, como regra. Aborda-se o compliance como autorregulação regulada das corporações. Adentra-se, então, no estudo do compliance anticorrupção e suas características tidas como principais, apesar de refutar-se a análise de eficácia do programa apenas através do check in the box. Passa-se então, ao aprofundamento da cláusula anticorrupção com seu conceito, precedentes no direito comparado, exemplos, natureza jurídica e características. Por fim, estuda-se a utilização da cláusula contratual anticorrupção, levando em conta contratos privados e contratos administrativos, para concluir que em contratos privados ela se encontra em avançado estado de internalização e estudo, sendo um instrumento do compliance e uma ação coletiva de compromisso de atuação no mercado em conformidade com a legislação anticorrupção e a ética negocial. Nos contratos administrativos, por outro lado, conclui-se que a cláusula é mais um instrumento de rescisão unilateral pela administração, e que as previsões legais de sua obrigatoriedade em contratos administrativos, em que pese louváveis, falharam ao redigir adequadamente a cláusula. Com isso, conclui-se que, principalmente nos contratos administrativos, o estudo da cláusula anticorrupção precisa avançar no Brasil para permitir a sua utilização eficaz.
Abstract: This paper studies the anti-corruption contract clause in private contracts and administrative contracts. The study begins by taking into account the historical context of the evolution of anti-corruption discourse and the foreign norms and international conventions that are considered responsible for its spreading in the world and internalization in Brazil. The Brazilian Anti-Corruption Law, as well as related municipal and state laws, are studied in order to deepen the impact that it has had on the market, notably inducing behavior in the private initiative that started to adopt integrity programs as part of its internal policies, despite the absence of obligation, as a rule. Compliance is addressed as regulated self-regulation of corporations. It then enters into the revision of anti-corruption compliance and its main features, although refuting the analysis of program effectiveness only by the check-in-the-box method. Then proceed to the deepening of the anti-corruption clause with its concept, precedents in comparative law, examples, legal nature and characteristics. Finally, study the use of the anti-corruption contract clause in private contracts and administrative contracts, to conclude that in private contracts it is in an advanced state of internalization and study, being an instrument of compliance and a collective action of commitment to act in the market in accordance with anti-corruption law and business ethics. In administrative contracts, on the other hand, it is concluded that the clause is yet another instrument of unilateral termination by the public administration, and that the legal provisions of its obligation in administrative contracts, although laudable, failed to properly draft the clause. Thus, it is concluded that especially in administrative contracts the study of the anti-corruption clause needs to advance in Brazil in order to allow its effective use.
Assunto: Direito
Corrupção – Legislação – Brasil
Contratos – Brasil
Contratos Administrativos – Brasil
Compliance
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: DIREITO - FACULDADE DE DIREITO
Curso: Programa de Pós-Graduação em Direito
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/35809
Data do documento: 3-Fev-2020
Término do Embargo: 3-Fev-2021
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