Quem vê cara não vê ancestralidade: arquivos fotográficos e memórias insurgentes de Belo Horizonte

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Universidade Federal de Minas Gerais

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Tipo

Tese de doutorado

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Primeiro orientador

Membros da banca

Josemeire Alves Pereira
Gabriela Leandro Pereira
Alícia Duarte Penna
César Geraldo Guimarães
Rita de Cássia Lucena Velloso

Resumo

Belo Horizonte, cidade planejada no fim do séc. XIX, erguida sobre o ideário de modernidade-colonialista, aliou as imagens técnicas ao urbanismo para criar uma normatividade visual, produzir invisibilidades e naturalizar o ponto de vista opressor presente em parte representativa das imagens oficiais encontradas em seus arquivos históricos. No embate empreendido com os arquivos públicos pela busca por imagens históricas de Belo Horizonte que contassem histórias sabidas, mas não arquivadas nas caixas-fortes das instituições, esta tese exercita e discute o trânsito entre saberes e arquivos. Através da pesquisa com oito arquivos e dois museus de destinação pública e da interlocução e colaboração de Isabel Casimira, Júlia Ferreira, Mana Coelho e Valéria Borges – companheiras de pesquisa que generosamente compartilharam seus acervos pessoais e comunitários, seus olhares e saberes – elaboro os percursos nos arquivos intitulados Emboscadas, Desvios, Movimentos e Transvualidades para discutir os modos hegemônicos de ver, as cosmovisões e as memórias e imaginações insurgentes. Sobre,com, contra e através da fotografia, propusemos, coletivamente, um pequeno acervo de narrativas dissonantes e modos de vida que se atravessam e nos possibilitam imaginar cidades potenciais que transvisualizam a fotografia, o arquivo, a cidade e a história.

Abstract

Belo Horizonte, a planned city in the late nineteenth century, built on the ideology of modernity-colonialist, allied technical images to urbanism to create a visual normativity, produce invisibilities and naturalize the oppressive point of view present in a representative part of the official images found in its historical archives. In the clash undertaken with the public archives in the search for historical images of Belo Horizonte that tell known stories, but not filed in the institutions’ vaults, this thesis exercises and discusses the transit between knowledge and archives. Through the research with eight archives and two museums of public destination and the interlocution and collaboration of Isabel Casimira, Júlia Ferreira, Mana Coelho and Valéria Borges – research companions who generously shared their personal and community collections, their looks and knowledge – I elaborate the paths in the archives entitled Ambushes, Detours, Movements and Transposed images to discuss the hegemonic ways of seeing, the cosmovisions and the insurgent memories and imaginations. On, with, against and through photography, we collectively proposed a small collection of dissonant narratives and ways of life that intersect and enable us to imagine potential cities that transvisualize photography, the archive, the city and history.

Assunto

Fotografias, Espaço urbano, Arquivos públicos, Memória

Palavras-chave

Cidade, Produção do Espaço Urbano, Imagem, Fotografia, Memoria, Arquivo

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